Author: Tobias Leach3rd Year Medical Student | University of Bristol | Passionate about space! Space provides boundless opportunities for human existence and innumerable threats to human health. The question is, are we yet prepared to deal with a catastrophic event, such as a cardiac arrest in space? Abstract
Introduction To gain an understanding of the current state of CPR in microgravity with a focus on chest compressions in the event of a sudden cardiac arrest onboard. Methods An Ovid Medline search was conducted: 17 articles were found; 12 were excluded; six additional articles were found in the references of the remaining five articles, bringing the total number of articles included to 11. These were then critically analysed. Results No CPR method currently reaches the European Resuscitation Council (ERC) guidelines. The Handstand (HS) method appears to be the strongest. Evetts-Russomano (ER) is the second strongest method. Automatic chest compression device (ACCD) performed consistently well. Conclusion CPR appears to be far more difficult in microgravity. Inconsistencies in research methodology do not help. The ER method should be used as a first contact method and the HS method should be used once the casualty is restrained. An ACCD should be considered as part of the medical equipment. Further research is needed, directly comparing all positions under the same conditions. Tiyoko HashimotoInstrutora de mergulho livre, mergulho autônomo e mergulhadora em formação no mergulho profissional raso LinkedIn Profile O mergulho faz parte de uma série de habilidades para quem busca a carreira astronáutica. Por quê? A água é cerca de 800 vezes mais densa que o ar, o que dificulta a movimentação subaquática, exigindo além de mais esforço, uma movimentação mais lenta para evitar fadiga que pode levar mergulhadores inexperientes a até abortar o mergulho. Além disso, a flutuabilidade neutra, ou seja, a capacidade de "boiar" na água permite que o praticante tenha a sensação semelhante à da microgravidade. Para fazer uso da flutuabilidade neutra como treinamento, as agências espaciais têm usado, ao longo dos anos, laboratórios subaquáticos como o NBL (Neutral Buoyancy Laboratory), localizado em Houston, no Texas, Estados Unidos e que faz parte do complexo da NASA. Segundo a NASA, possui 61,21 metros de comprimento, 30,90 de largura e 12,12 metros de profundidade e permite treinamentos como caminhadas espaciais, comunicação e segurança, além de permitir testes com equipamentos de vídeo e trajes espaciais. Na ESA (Agência Espacial Europeia), em Colônia, Alemanha, os astronautas são certificados no nível de mergulhadores de resgate. Esse conhecimento, segundo a ESA, permite melhor desempenho dos astronautas nas caminhadas espaciais e permite que previnam problemas e saibam lidar com emergências de modo adequado.
De acordo com a NASA, os astronautas utilizam nitrox (mistura de nitrogênio com uma porcentagem maior de oxigênio, também conhecido como ar enriquecido no mergulho) durante as sessões de treinamento no NBL. No mergulho dependente saturado não há perda de ar, nem se solta bolhas, como ocorre no mergulho recreativo. Todo o material exalado durante um mergulho saturado, que pode ir até 320 metros de profundidade, é recaptado, reciclado, para depois ser usado novamente na respiração. Isso ocorre porque o gás em questão, além do oxigênio, é o hélio, que tem um custo bastante elevado. Author: Nelson VinagreAerospace Exercise Physiology & Rehabilitation Lead; Coordinator, Portuguese Hub - InnovaSpace Não sou tão velho assim nem tão novo, mas já vivi suficientemente para ter muitas experiências em ambientes extremos e radicais, onde pudéssemos observar a resposta fisiológica do corpo humano exposto a estas diferentes situações. Em minha história esportiva, trago a natação como base de meu treinamento fisiológico, onde durante anos treinei para competições e depois que me tornei educador físico, treinador, instrutor em salvamento aquático e pesquisador nas áreas do treinamento. Assim, pude compreender ainda melhor muitas reações que se passavam comigo e com as pessoas com quem eu trabalhava. Como hobby e amante do esporte, fiz parte de uma geração que ajudou a quebrar os tabus da imagem do surf, que era considerado esporte de malandro, e que hoje veio a se tornar esporte olímpico e modalidade profissional. Nos anos 90, além de ter realizados treinamentos de mergulho com garrafa, na famosa Escola Superior de Esportes de Colônia/Alemanha (Deutsche Sport Hochschule), pude realizar mergulhos na costa brasileira tanto com garrafa quanto com snorkel no Pantanal, em Bonito, no Mato Grosso do Sul, em meio as Piraputangas. Paralelamente a vida acadêmica que se iniciava, a partir dos 17 anos me dedicava intensamente as lides aéreas, onde pretendia me tornar aeronauta e piloto profissional de linhas aéreas. Foram muitos anos de dedicação teórico-prática, fazendo minhas licenças de piloto planador, privado, comercial, instrumentos, multi-motor, rebocador e agrícola, que me remeteram a algumas centenas de horas de voo e ainda mais pousos e decolagens, especialmente pela operação de planadores, que exigia de mim, como rebocador, múltiplas subidas e descidas em curto espaço de tempo. Nessa situação, apesar de estarmos atuando dentro de uma altitude fisiológica, certamente impunha ao meu organismo um condicionamento físico razoável dado pela resposta hemodinâmica, proprioceptiva, vestibular... Nos diferentes locais onde atuei profissionalmente, pude perceber que sou plenamente adaptável a distintos ambientes. Parti de Porto Alegre 1993 rumo a Serra Gaúcha, que além de ser uma das regiões mais frias do Brasil, encontra-se a 1000m de altitude, requerendo de nosso organismo certa adaptação em relação ao nível do mar. Na busca de novos desafios desportivos, inovadores e de interação com o meio, lá estávamos a descobrir nova modalidade que no Brasil ainda não havia ressonância, o rafting que pela primeira vez realizava uma competição no Vale do Paranhana. Depois desse período de “treinamento e exposição a temperaturas mais baixas” por 14 meses, mudei-me para a Alemanha em função do estágio acadêmico no departamento de esportes de inverno da famosa Escola de Colônia, em pleno inverno, tendo que me adaptar abruptamente do auge do verão brasileiro para temperaturas constantemente abaixo de zero e uma realidade climática completamente diferente a encontrada no Brasil, ainda que viesse de uma região sub tropical. Na década seguinte e com novos desafios acadêmicos profissionais no Brasil, tive a incumbência de coordenar um curso na Amazônia Ocidental, mais precisamente no Estado de Rondônia, próximo à fronteira do Brasil com a Bolívia, onde as temperaturas se aproximavam da casa dos 44 graus Celsius e a umidade relativa média do ar era superior aos 70%, para não falarmos das questões da saturação de litometeoros no ar, ocasionado pela fumaça em excesso gerada por grandes queimadas. Novas fronteiras acadêmicas e desportivas surgiram e, de volta a Alemanha, tive a possibilidade de aprofundar minha carreira profissional junto à Agência Espacial Alemã (DLR) e ao Departamento de Medicina Desportiva da Universidade de Göttingen. Com ambas instituições, realizei meu aprofundamento cientifico junto aos desportos adaptados e inclusivos. Já são mais de 14 anos enxergando o movimento humano sobre outra perspectiva, seja do ponto de vista das limitações fisiológica e biomecânicas, seja psicossocial, seja das transferências tecnológicas, mas acima de tudo, partindo da percepção de um continuum desenvolvimental. Novos ventos, literalmente, desta vez me levaram ao ponto mais Ocidental da Europa, de onde escrevo este mais recente relato de experiencia desportiva de minha vida, a regata marítima que, diga-se de passagem, em muito tem a ver com o voo à vela. Essa nova experiencia me remeteu a um novo ambiente, do qual se pode extrair inúmeras reações comportamentais (psycho-enviroment behavior) e fisiológicas, a partir uma vivência que em muito pode nos ajudar na realização de novos experimentos e a entender o que se passa fisiologicamente com nosso organismo nos processos de desorientação espacial e os efeitos indesejáveis por ela gerados.
Virtualmente em Marte - Minha Experiência como Astronauta Análogo na Estação Habitat Marte24/2/2022
Author: Maurício PontesOperational Safety & Crisis Manager, Pilot, Air Accident Investigator Encerramos após 11 dias (ou 11 sois, como denominamos o dia em Marte) a missão análoga (virtual) #96, celebrando quatro anos do estabelecimento da Estação Habitat Marte. Tive o privilégio de representar a InnovaSpace nessa experiência, que se revelou produtiva e instigante. As missões virtuais foram criadas em função da pandemia de COVID-19, como forma de manter a estação operando e fomentando o intercambio de experiências e informações sobre Marte e os desafios de se chegar ao planeta vermelho. A pioneira estrutura análoga, entretanto, é muito mais que isso. Localizado no agreste do Rio Grande do Norte, na cidade de Caiçara do Rio do Vento, o Habitat Marte é uma base física onde as condições inóspitas do terreno e algumas características relacionadas ao solo local propiciam um sítio ideal ao estabelecimento de missões com variados focos de pesquisa. Uma palavra que está sempre presente é sustentabilidade. Numa missão virtual, um clima de imersão e interação entre os cinco tripulantes é estimulado pela rotina de atividades como coleta de dados, apresentação de relatórios sobre o estado físico e mental e, ao longo dessa jornada, vai se criando uma atmosfera de imaginação coletiva acerca da presença no planeta vermelho, com o benefício da dinâmica das relações por interações remotas. Cada tripulante recebeu a incumbência de ser responsável por uma das estruturas críticas da estação (Estação Central e Centros de Engenharia, Saneamento, Saúde e Lançamento). Ao final, cada membro da missão fez uma apresentação sobre sua área de responsabilidade, encerrando a missão. Minha experiência pessoal na missão virtual foi ser o responsável pelo Centro de Lançamento (e retorno). Além de estar comprometido com a operacionalidade dessa área, incluí na rotina de relatórios o status “go & no go”, em função das condições técnicas ou meteorológicas, de modo a manter a estação ciente da viabilidade de um lançamento emergencial. A rotina de envio de relatórios é o grande gerador de valor para a simulação e vai ao encontro dos aspectos humanos: discutíamos situações que não decorreram de inputs do simulacro. Trocávamos informações e fotos, fomos inspirados a viver uma realidade paralela e a explorar nossa criatividade. Conversas sobre a missão e até pessoais foram constantes através de plataforma de mensagens e me mantiveram em constante “presença” naquela estação. Os dois relatórios de rotina diários (meteorologia e condições pessoais, como saúde, motivação, estado mental e satisfação com a missão e suas especificidades) eram enviados por um aplicativo e nos lembravam da nossa responsabilidade na jornada. Há potencial para ainda mais integração, pois nenhuma missão é igual à outra. Quem sabe, no futuro, um ambiente visual via aplicativo que possa até ser compartilhado com óculos de realidade virtual e celular não elevem ainda mais esses efeitos? Minha conclusão foi a de que estímulo ao pensamento, diversidade e o fator lúdico já são uma ferramenta de integração e compromisso com a missão de grande valor.
Parabéns aos tripulantes da Missão 96 e em especial ao Prof. Julio Rezende, pelo pioneirismo, determinação e criatividade. Próximo passo: a missão presencial! Os autores são membros do time da InnovaSpace e possuem vasta experiência profissional em medicina de aviaçāo e fisiologia aeroespacial - ensino, pesquisa e inovaçāo. O Problema Emergências médicas durante voos comerciais de curta ou longa duração, nacionais ou internacionais, estão se tornando cada vez mais comuns. Isso se deve a fatores já conhecidos, como a expansão da indústria da aviação, a popularização dos voos comerciais e a maior diversidade do perfil do viajante, incluindo passageiros idosos, portadores de doenças crônicas ou usuários de medicações. Junta-se aqui o próprio ambiente de cabine, que impõe, por exemplo, o estresse da hipóxia hipobárica, dos disbarismos pela expansão de gases de cavidades corporais, da exposição ao ar frio e seco, a ruídos, a vibrações e a acelerações, da alteração do ciclo circadiano, da fadiga e da imobilidade. Esses fatores afetam pouco ou nada os organismos sadios, mas podem ser danosos em diferentes graus ao passageiro idoso e/ou portador de doenças crônicas. A Situação Exemplo 1 – Uma avaliação clínica ou pré-operatória - Quando o motivo de uma consulta médica é uma avaliação clínica ou pré-operatória, deve-se questionar e considerar vários aspectos durante a anamnese, o exame físico e os exames laboratoriais, para se chegar a melhor decisão clínico-cirúrgica possível, reduzindo ao máximo possíveis eventos adversos, minimizando desfechos não desejados e otimizando a segurança do paciente no voo. Assim, uma pergunta não deve faltar na anamnese - “Existe o plano de uma viagem aérea num futuro próximo?”. Para que esse questionamento, no entanto, produza um impacto positivo na tomada de decisão, é mandatório que o médico assistente detenha conhecimento sobre as condições estressantes do ambiente de cabine de uma aeronave e as condições do passageiro enfermo, objetivando discutir o planejamento de um voo seguro ou até mesmo o cancelamento ou postergação do mesmo. Exemplo 2 – Médico a bordo? – Incidentes médicos com passageiros em voos comerciais vêm se tornando mais comuns. No entanto, o ambiente de cabine e os recursos médicos disponíveis a bordo de aeronaves são quase sempre de total desconhecimento dos médicos que se tornam voluntários no atendimento a um passageiro durante um voo comercial. Sistemas de auxílio às tripulações a ao médico voluntário incluem o uso da saúde digital e da telemedicina, as quais, nem sempre estão disponíveis para orientação num incidente médico a bordo. Ainda, muitos casos poderiam ter sido evitados, se, durante a avaliação pré-voo por parte do médico clínico, especialista ou cirurgião, fosse incluído na anamnese do paciente questionamentos relativos a planos de viagens de avião. A Solução A InnovaSpace vem adovagar em favor do ensino da Medicina de Aviação e da Fisiologia Aeroespacial na formação de estudantes de faculdades de medicina, através da inserção de uma série de aulas constituindo disciplinas curriculares novas ou integrando disciplinas já existentes no currículo acadêmico. Esta iniciativa é apoiada pelas Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial (SBMA) e
Sociedade Portuguesa de Medicina Aeronáutica (SMAPor) Mary UpritchardInnovaSpace Co-Founder & Admin Director
Autores: Beatriz Helena Ramos Reis*, Bruno Veiga Fontes de Carvalho*, Prof Jonas Lírio Gurgel**, Prof Flávia Porto**Instituto de Educação Física e Desportos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) A pandemia de COVID-19 gerou a necessidade de utilizar medidas de distanciamento social para que haja a redução da disseminação do novo coronavírus. Contudo, têm-se percebido prejuízos na saúde física e mental dos indivíduos, porque a mudança brusca na rotina resultou em um novo estilo de vida das pessoas, que passaram a viver em confinamento. Aumento de preocupações, ansiedade, tristeza prolongada e sedentarismo são algumas das consequências ocasionadas ou agravadas pelo isolamento. Como forma de minorar esses efeitos, o exercício físico continua sendo reconhecido como uma estratégia não-medicamentosa eficaz que auxilia na prevenção e no tratamento de doenças físicas, metabólicas e/ou psicológicas. Entretanto, a suspensão e a limitação do uso de estabelecimentos, como academias de ginástica e clubes esportivos, para evitar aglomeração, levaram muitas pessoas a praticar atividades físicas regulares em casa. Nesse contexto, percebeu-se um fenômeno interessante na internet, que foi o aumento da busca por informações online. O Google Trends, por exemplo, é um recurso que expõe os termos mais pesquisados em diferentes lugares do mundo e revela sua popularidade em uma escala de 0 a 100. Nele, foi possível identificar o aumento da busca por informações relacionadas às consequências e necessidades geradas pela pandemia. Nesse contexto, vimos que, no Brasil, as buscas pelo termo “exercício físico em casa”, em Português, antes de março de 2020, teve popularidade baixa (oscilando na escala entre 0% e 25% de procura via Google). Após esse mês, quando se iniciou o distanciamento social no país, a busca pelo termo oscilou, aproximadamente, entre 40% e 100% até o momento atual. Ao analisar o termo “physical exercise at home”, em Inglês, notou-se que, em janeiro de 2020, as buscas estavam entre 0% e 25%. De fevereiro até maio deste ano, as buscas estiveram entre 25% e 100%, diminuindo em junho, momento em que vários países afrouxaram as regras de isolamento. Ao observar esses dados, notamos um aumento considerável na popularidade dos termos durante esse período, demonstrando um maior interesse de internautas sobre o assunto. Essas oscilações parecem ter relação com o fechamento e abertura de comércio e demais atividades no mundo. Interessante também mencionar a necessidade de adaptar os exercícios a ser realizados em casa. Dessa forma, percebeu-se que o interesse por equipamentos esportivos para realizar exercícios físicos em casa também aumentou, sendo demonstrado nas buscas no Google. A pesquisa pelo termo “equipamentos para atividade física”, nos dois primeiros meses desse ano, estava próxima a zero em níveis de interesse; já em março, o interesse aumentou bastante, chegando a atingir 100 no mês de abril. Em todo mundo, o termo “equipment for physical activity”, pesquisado na língua inglesa, mostrou pico de interesse (100 na escala) no mês de fevereiro e menor interesse próximo ao início de junho (0 na escala). Como a pandemia ainda não está controlada, inclusive com previsão de novas ondas de contágios e mortes, é bem provável que os hábitos das pessoas mudem, realmente, como forma de adaptação à nova realidade. Apesar da reconhecida resiliência das pessoas, não se pode negar que os prejuízos psicológicos são evidentes e, muitas vezes, é até difícil entender esses sentimentos e lidar com a magnitude que podem atingir. Pensando nisso, repetimos o processo de investigação no Google Trends e verificamos que o termo “depressão na quarentena” não apresentava interesse da população Brasileira entre janeiro e início de março (0 na escala) – esse desinteresse deve-se, provavelmente, ao fato de que ainda não existia o confinamento social no Brasil. Porém, a partir de março, a busca pelo termo cresceu muito, atingindo o pico de pesquisa (100 na escala) no início do mês de maio. Quando pesquisado, em Inglês, o termo “quarentine depression” também não houve interesse pela população mundial entre os meses de janeiro até o início de março. A partir daí, iniciou-se um aumento exponencial pela procura do termo, atingindo seu pico no mês de abril e, após, uma sequente diminuição até o mês de junho. Do espaço ao COVID-19: o que podemos aprender? Astronautas devem saber lidar com o confinamento e, apesar de serem submetidos a diversos tipos de treinamento para cumprir de forma adequada as missões espaciais, efeitos psicológicos provocados pelo confinamento são relatados na literatura. No caso da COVID-19, não houve preparo para essa nova realidade. Estamos todos tentando desenvolver mecanismos para desenvolver resiliência e melhor lidarmos com a pandemia e todos os acontecimentos relacionados à ela. A internet torna-se uma aliada, uma companhia provedora de informações e possibilidades de compras para as pessoas. O desafio agora é lidar com essa quantidade de informações, separando-as em relação à veracidade e à aplicabilidade.
Authors: Prof Samira Bulcão Carvalho Domingues*, Prof Flávia Porto** and Prof Jonas Lírio Gurgel****Master's Degree student, Exercise and Sports Sciences/Institute of Physical Education & Sports/UERJ Diante da pandemia mundial de COVID-19, diminuir a circulação das pessoas é algo essencial. É importante saber que existe diferença entre distanciamento, isolamento social, quarentena e bloqueio total, porém, todas essas estratégias têm o objetivo comum de conter a velocidade de propagação do vírus e evitar o colapso dos sistemas de saúde. No distanciamento social ampliado, estabelecimentos considerados não essenciais são fechados para evitar aglomerações, enquanto que, no distanciamento social seletivo, pessoas pertencentes a grupos de risco, em especial, idosos, são estimuladas a ficar em casa. Já no isolamento, pessoas doentes (com suspeita ou confirmação da doença) são separadas das não doentes, seja em ambiente doméstico ou hospitalar. A quarentena é realizada por pessoas que tiveram contato ou suspeito de contato com o vírus e, mesmo não apresentando sintomas, ficam isoladas das demais. Quando nenhuma dessas medidas funciona, finalmente, é decretado o bloqueio total, como uma quarentena comunitária. Apesar de imprescindível, a permanência em casa implica em uma mudança radical nos hábitos da população, o que pode prejudicar, de alguma forma, a saúde. Em um contexto de normalidade epidemiológica, atividades laborais, acadêmicas e de lazer solicitam esforços variados que, somados, mantêm o nível mínimo de atividade física diária necessário para a saúde, especialmente de indivíduos sedentários. A interrupção imediata dessas atividades impacta negativamente os sistemas cardiorrespiratório e muscular, responsáveis pela manutenção da capacidade funcional. Esta, por sua vez, está diretamente relacionada à qualidade de vida e ao desenvolvimento de comorbidades. Da mesma maneira, no momento, indivíduos fisicamente ativos precisaram interromper bruscamente suas rotinas de exercícios neste período. Os prejuízos do destreinamento incluem perdas sobre força e massa musculares, capacidade aeróbia, flexibilidade e mobilidade articular, além de alterações na composição corporal. A mudança de uma vida fisicamente ativa para o sedentarismo pode impactar variáveis importantes para a manutenção da saúde, entre elas, pressão arterial, glicose sanguínea e taxas de colesterol. Assim, é oportuno lançar mão de estratégias de contramedida ao desuso. Uma delas é a prática de exercícios - sabidamente a melhor estratégia não-medicamentosa de promoção da saúde. O Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM) já se posicionou quanto à importância de se manter fisicamente ativo durante o isolamento. A recomendação semanal, para indivíduos assintomáticos, é de 150 a 300 minutos de exercícios aeróbios, além de duas sessões de treinamento de força. Pode-se, por exemplo, realizar 5 treinos semanais de 30 a 60 minutos e, em dois deles, acrescentar exercícios de fortalecimento muscular. A intensidade deve ser moderada, pois estímulos muito leves podem não promover benefícios, e intensidades muito altas estão associadas a prejuízos à imunidade. Authors: Prof Flávia Porto*, Prof Nádia Souza Lima da Silva* and Prof Jonas Lírio Gurgel***Instituto de Educação Física e Desportos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) A pandemia do coronavírus (COVID-19) nos impõe poucas estratégias de enfrentamento, das quais se destaca o isolamento social. Se por um lado tal medida proporciona uma eficaz forma para reduzir a proliferação do vírus, por outro, traz uma gama de problemas para os indivíduos e para as famílias, em especial para os idosos, como limitá-los a participarem presencialmente de programas de promoção da saúde. Em uma sociedade altamente conectada, através da internet, boa parte dos idosos ainda compõe o grupo dos excluídos digitais, apresentando uma maior resistência ao uso de ferramentas de tecnologia digital. A atual conjuntura vem impondo mudanças em nosso comportamento, servindo de catalisador para modificações dos hábitos de todos, levando-nos a aumentar o uso de ferramentas digitais de modo a mitigar o distanciamento social. Neste contexto, formas visando a continuidade de programas de exercícios físicos durante o isolamento social, principalmente para a população idosa, são essenciais para a manutenção da saúde, devendo fazer parte das políticas públicas. Diante desse quadro, a telessaúde ressurge como mais uma ferramenta de promoção e prevenção da saúde, as quais são ainda mais essenciais na atual conjuntura. A estratégia de utilizar ferramentas digitais, como vídeos e webconferência, possibilita a continuidade dos programas de promoção da saúde através do exercício físico, que são essenciais para superar o desuso imposto pelo confinamento. Neste sentido, gostaríamos de dividir nossa experiência com o uso da telessaúde para a continuidade do programa Idosos em Movimento: Mantendo a Autonomia (IMMA). The InnovaSpace Team
Quando se pensa em viajar de avião, a primeira coisa que vem à cabeça é o serviço de bordo e as opções de alimentação. Brincadeira! É a segurança, claro. Todo mundo quer decolar, viajar e aterrissar em paz. Mas, para que tudo possa acontecer de uma forma tão profissional que você nem perceba, muitas pessoas estão trabalhando nos bastidores. A tripulação – piloto, copiloto, comissários, técnicos – tem muita responsabilidade. Vivem uma rotina difícil de horas e horas no ar, com alguns intervalos no solo. Por isso, você já imaginou como é a saúde deles? Como fazem para ter corpo e mente saudáveis? E os passageiros? Será que todos estão em condições de voar? Esses questionamentos motivaram horas de estudo dos médicos Thais Russomano e João de Carvalho Castro, os quais dedicaram muito de sua vida acadêmica à medicina aeroespacial. E você tem a oportunidade de conhecer o trabalho deles em detalhes através do eBook "A Fisiologia Humana no Ambiente Aeroespacial". Abaixo, um trecho do livro para que você possa se inspirar: "O sonho de voar sempre esteve presente no imaginário humano desde os tempos mais remotos. Atualmente, cruzar o mundo de um lado para o outro, aproximando pessoas, vencendo barreiras geográficas e integrando culturas, é uma realidade viável e acessível. O ambiente aeroespacial, porém, difere do terrestre e impõe vários riscos à saúde e à segurança de aviadores, da tripulação de bordo e de passageiros durante um voo." O eBook foi oficialmente lançado em 19 de Fev, na Ordem dos Médicos, Secção Sul, Lisboa, Portugal, com o suporte da Sociedade Médica Científica Aeroespacial - Associação Portuguesa (SMAPor). Os convidados tiveram ainda a oportunidade de assistir a três palestras. Na primeira, Thais Russomano debateu o tema "Fisiologia Humana no Espaço". Após, João Castro explorou aspectos ligados à "Fisiologia Aeroespacial". Por fim, a médica Rosirene Gessinger abordou o tema "Medicina de Aviação". O evento e o eBook são iniciativas da InnovaSpace, uma empresa britânica do tipo Think Tank, global e inclusiva, de caráter multicultural e multidisciplinar. A InnovaSpace atua nas áreas espacial, aeronáutica e em telessaúde. E tem uma missão educativa muito importante: fazer com que a ciência espacial seja democratizada, tornando-a um assunto comum ao maior número possível de pessoas mundo afora!
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